segunda-feira, 18 de março de 2013


 
Dogmas do Aumbhamdam

1º Postulado: Diz respeito a Deus-Uno.

Cremos na eterna existência do Deus-Uno, como o Supremo Espírito de absoluta perfeição, incriado e indivisível. Sendo o único Ser de suprema consciência operante, porque tudo sabe, domina e dirige: a eternidade do tempo, o espaço cósmico, a substância etérica (a energia, a matéria etc.), a nós mesmos (espíritos encarnados e desencarnados) e a razão real do "ser ou não ser" dos princípios, causas e efeitos.

 

2º Postulado:Diz respeito à origem e criação dos Espíritos.

Cremos que os Seres Espirituais, encarnados e desencarnados, quer no planeta Terra ou em qualquer sistema planetário do Universo Astral, são de natureza vibratória não estando sujeitos a nenhuma espécie de associação ou desassociação e habitam o espaço cósmico.

Cremos que os espíritos são incriados, porque a origem da natureza vibratória de cada um se perde no infinito dos tempos. Somente quem sabe a razão de sua real origem é Deus-Uno.

Cremos que os espíritos têm como potência intrínseca atributos essenciais como consciência, inteligência, volição, sentimentos, etc. Assim, os espíritos se revelam e expandem de forma independente, por suas afinidades virginais e livre-arbítrio. Em suma, são igualmente únicos e sujeitos de aperfeiçoamento moral.

Observação: Entendemos como livre-arbítrio a percepção consciente, próprio do Espírito, no qual pode expandir suas afinidades virginais, ou as vibrações volitivas de sua natureza.

 

3º Postulado: Diz respeito à Matéria.

Cremos que existe uma substância etérica, invisível, impalpável, própria do Universo Astral, como básica, fundamental, fonte geradora das transformações e condensações incalculáveis. Essa substância é pré-existente, co-eterna do Espaço Cósmico, pois existe dentro dele. Sua origem real é domínio absoluto de Deus-Uno.

Cremos, portanto, que Deus-Pai dinamizou a substância etérica, coordenando sua lei natural e moto próprio a fim de que ela produzisse os elementos essenciais a formação da matéria cósmica indiferenciada formadora dos mundos.





4º Postulado: Diz respeito ao Espaço Cósmico.
Cremos que o chamado Espaço Cósmico é o todo, que para nossa compreensão, dividi-se em duas partes: a primeira, principal, é o vazio-neutro infinito, ilimitado, indefinido na realidade de sua natureza, denominado de "Universo Causal"; e o segundo é o local sutil onde a substância etérica foi potencializada por Deus-Pai a fim de produzir o fenômeno da criação dos mundos, denominado "Universo Astral", que é finito, limitado e definido na realidade da natureza, que está sobreposto ao universo conhecido, o universo físico.
 


5º Postulado: Diz respeito ao Karma-Causal.
Cremos na existência de uma via de Ascensão Original, isto é, a primeira via de evolução dos Espíritos realizado dentro do Espaço Cósmico, própria do Karma-Causal. Essa via de evolução é infinita. Como Karma-Causal admitimos ser a Lei básica, fundamental, estabelecida pelo Poder Supremo a fim de regular e educar os estados consciencionais dos Seres Espirituais, em relação direta com o uso do livre-arbítrio.
 


6º Postulado: Diz respeito à origem do sexo dos Espíritos.
Cremos que a origem do sexo está na própria natureza vibratória dos Seres Espirituais e correspondem às afinidades virginais de cada espírito. Essas afinidades imprimem sobre a substância etérica os atributos que definem e caracterizam aquilo que é o Eterno Masculino e aquilo que é o Eterno Feminino.
Assim, cremos ser enganosa a hipótese de reencarnações de espíritos ora como homem, ora como mulher, pois a questão do sexo está definida desde a origem no espírito no Universo astral.


Entretanto, consideramos possível a reencarnação em sexo diferente da natureza vibratória inicial, tão somente os casos excepcionais provocados por desvios morais ou psíquicos, os quais serão reintegrados a vibração afim no decorrer da evolução espiritual.
 
 
 
 


7º Postulado: Diz respeito a Evolução do Espírito.
Cremos que a evolução dos seres espirituais pela via da reencarnação se dá de três formas distintas:
a. Espontânea – quando os seres espirituais têm "passe livre", sujeitos apenas ao critério da vagas, dentro de certa seleção de fatores morais. Nesta condição encontram-se a maioria dos espíritos encarnados;
b. Disciplinar – nessa condição situam-se aqueles seres altamente endividados, conscientes e repetentes das mesmas infrações. Como não têm "passe livre" para reencarnarem, enquadram-se no âmbito de uma coordenação disciplinar especial. Tanto que muitos não querem aceitar essa disciplina, rebelando-se e utilizando-se de ardis para não reencarnar na forma humana da condição de reajustamento;
c. Sacrificial – podemos classificar nessa situação a minoria dos seres espirituais, pois já evoluíram, estão isentos de provação individual pela via humana (isto é, livre das reencarnações). Identificamos esses espíritos como missionários que executam duras tarefas, escolhidas livremente, dentro da tônica fraternal elevada que lhes é própria. Obedece tão somente a linha de amor e caridade ao próximo.
 


8º Postulado:Diz respeito ao porquê de estarmos aqui.
Temos a obrigação de sermos felizes, não temendo, e sim amando a Deus e a todos os demais, que participam, direta ou indiretamente, de nossa jornada.

segunda-feira, 4 de março de 2013

W.W da Matta & Silva


 
Woodrow Wilson da Matta e Silva nasceu em Garanhuns, Pernambuco, em 28 de julho de 1917. Veio pra o Rio de Janeiro aos 5 anos de idade. Entre 12 e 13 anos passou a viver fenômenos pré-mediunicos (visões). Sua primeira manifestação mediúnica ocorreu aos 16 anos com a incorporação de Pai Cândido. Nessa época, era auxiliar de redação de um periódico carioca e morava no centro do Rio de Janeiro, numa república perto da Light.

     Todas as quintas-feiras realizava pequenas sessões, junto de Pai Cândido, para atender a comunidade da república. Muitas vezes fazia programas para quinta-feira, porém Pai Cândido se manifestava mostrando ao médium a sua tarefa para com o ser humano, que aguardava a quinta-feira para ser atendido.

     Aos 17 anos começou a visitar vários terreiros de Umbanda em busca de um lugar para trabalhar. Pai Cândido, no entanto, pedia paciência e lhe dizia que iria ter o seu próprio terreiro.

     Aos 21 anos foi morar na Pavuna onde montou seu primeiro Terreiro (pequenino como sempre). A partir de 1954, Pai Guiné começa a direcionar sua vida mediúnica. Nessa época, recebe desse “Preto-velho” a mensagem “Sete Lágrimas de Pai Preto”, que seria um dos marcos da renovação da Doutrina Umbandista.

Mostra a realidade do dia-a-dia de um Terreiro e as diferentes consciências que a ele vão, em busca de auxilio espiritual.

     Nesse ano passou a escrever para o Jornal de Umbanda (já citado anteriormente) localizado à Rua Acre, 47 – 6º andar – sala 608.

     Iniciou também a obra que viria a transformar as coisas da Umbanda de todos Nós. Nessa época teve várias visões mediúnicas (transes) em que se via um Velho Payé que folheava um grande livro e junto dele, um Colegiado de Mentores Espirituais que discutiam da oportunidade do lançamento do livro. Decidiu-se então, que o momento era chegado e, em 1956, essa portentosa obra era trazida a público.

     Umbanda de Todos Nós foi lançada em edição paga pelo próprio autor, através da Gráfica e editora esperanto, a qual se situava na época, à Rua General Argolo, 130, Rio de Janeiro. A primeira edição saiu com 3.5000 exemplares e rapidamente se esgotou. A partir da segunda edição a obra foi lançada pela Livraria Freitas Bastos, a mesma que até hoje reedita suas obras.

     Umbanda de Todos Nós agradou a milhares de umbandistas, que nela encontraram os reais fundamentos em que se poderiam escudar, mormente nos aspectos mais puros da Doutrina Umbandista. Por outro lado, este livro incomodou muita gente encarnada e desencarnada ligada ao baixo astral, principalmente os pseudo-líderes umbandistas daquela época e de todas as épocas, interessados na venda de ilusões e outras coisas.

     O combate incessante sobre a obra serviu apenas para promovê-la. Esse fato desencadeou a fúria dos seus inimigos que passaram a atacar Matta & Silva através de baixa magia. Nessa luta astral, as Sombras e as Trevas utilizou-se de todos os meios agressivos e contundentes que possuíam, arrebanhando para suas fileiras de ódio e discórdia tudo o que de mais nefando e trevoso encontrassem, quer fosse encarnado ou desencarnado.

     Essa perseguição atingiu sua esposa e seus filhos Ubiratan e Eluá. Muitas vezes sentiu-se balançar. Mas não caiu. A maioria de seus perseguidores recebeu segundo a Lei... Esses fatos causaram muita decepção ao Mestre, que recebeu permissão do astral para um pequeno recesso afim de restabelecer suas forças.

     Várias vezes o Mestre comentou que só não tombou porque Oxalá não quis... Após o recesso, o Pai guiné assumiu toda a responsabilidade pela manutenção e reequilibrio astrofísico de seu Filho, para logo orientá-lo na escrita de mais um livro. Através da Editora Esperanto lançou umbanda – Sua Eterna Doutrina, que aborda conceitos esotéricos e metafísicos nunca expostos. Esta obra agradou em cheio aos estudiosos e intelectuais, porém passou um pouco desapercebida pela grande massa umbandista da época, inclusive aos seus “lideres”.

     Para complementar e ampliar os conceitos tratados em Sua Eterna Doutrina, Matta e Silva lançou, pouco tempo depois, a obra Doutrina Secreta da Umbanda que também agradou a milhares de umbandistas.

     Apesar de suas obras serem lidas e estudadas pelos adeptos e estudiosos do Ocultismo, seu Santuário em Itacuruçá era freqüentado pelos simples e humildes que nem desconfiavam ser o Velho Matta um escritor de renome no meio umbandista.

     Em seu santuário junto à natureza, Matta e Silva escreveu outra de suas importantes obras chamada: Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho, obra mediúnica que apresenta um diálogo edificante entre um Filho-de-Fé, Cícero (Cícero Faria de Castro, médico e estudioso) e a Entidade espiritual que se diz Preto-velho (Pai Guiné). Esta obra apresenta uma maior facilidade de entendimento para grande parte dos umbandistas.

     A Choupana do Velho Guiné, em Itacurussá estava lotada quase todos os dias. Lá eram atendidas pessoas de Itacuruçá e das mais longínquas regiões do Brasil. Lá, os dramas do ser humano eram tratados á Luz da Razão e da Caridade. Durante 10 anos o Velho Matta atendeu pessoas da região e das ilhas próximas, ministrando remédios da flora local e alopatias simples que ele mesmo comprava quando ia á cidade do Rio de Janeiro.

     Seguindo sua tarefa missionária, Matta e Silva escreveu sua quinta obra com o título de: Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda que relata de forma simples e objetiva as raízes míticas da Umbanda, aprofundando-se no sincretismo dos Cultos Afro-Brasileiros. Em seguida surge à sexta obra chamada Segredos da Magia da Umbanda e Quimbanda que aborda a magia Etéreo-Física e revela de maneira simples e prática determinados rituais seletos da Magia de Umbanda.

     Sua sétima obra, Umbanda e o Poder da Mediunidade explicam como e porque ressurgiu a Umbanda no Brasil, mostrando as verdadeiras origens da Umbanda. Explica ainda, ângulos importantíssimos da Magia.

     Muitos pedidos dos simpatizantes e adeptos de suas obras fizeram com quem Matta e Silva lançasse em 1969, o livro que sintetizava e simplificava os sete anteriores. Esse livro recebeu o nome de: Umbanda do Brasil e esgotou-se em seis meses. Em 1975, o Grande Mestre lançava sua última obra com o nome de Macumbas e Candomblés na Umbanda. Esse livro registra as vivências místicas e religiosas dos chamados Cultos Afro-Brasileiros, mostrando os graus consencionais dos adeptos e praticantes dos vários níveis da Umbanda Popular.

     Para facilitar o estudo de suas obras, Matta e Silva as classificou da seguinte maneira:

1º grau – Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda;

2º grau – Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho;

3º grau – Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda;

4º grau – Umbanda e o Poder da Mediunidade;

5º e 6º graus – Umbanda de Todos Nós;

7º grau – Sua Eterna Doutrina e Doutrina Secreta da Umbanda.

     Segundo a Sagrada Corrente Astral da Umbanda, seus livros levarão mais de 50 anos para serem completamente assimilados e colocados em prática. As obras de Matta e Silva preparam, ajustam e apontam para a Umbanda do 3º milênio.

     Segundo alguns relatos conta que ele era muito humano e totalmente avesso ao endeusamento e a mistificação de sua pessoa. Era muito sensível e de personalidade firme, acostumado que estava a enfrentar os embates da própria vida... Era inteligentíssimo! Tinha os sentidos aguçadíssimos...Mas era um profundo solitário, apesar de cercarem-no centenas de pessoas. Seu Espírito voava, interpenetrando em causas o motivo das dores, sofrimentos e mazelas várias...

     A todos tinha uma palavra amiga e individualizada. Não tratava casos, tratava Almas... e, como tal, tinha para cada pessoa uma forma de agir, segundo o seu grau consciencional próprio! 

     Sua cultura era exuberante, mas sem perder a simplicidade e originalidade. De tudo falava, era atualizadíssimo nos mínimos detalhes... Discutia ciência, política, filosofia, arte, ciências sociais, com tal naturalidade que parecia ser Mestre em cada disciplina. E era!...

     No mediunismo era portentoso.. Seu pequeno copo da vidência, parecia uma televisão tridimensional. Em conjunto simbiótico. Com Pai guiné ou Caboclo Jurema, trazia-nos mensagens relevantes e reveladoras, além de certos fenômenos mágicos. Seu santuário denominava-se TENDA DE UMBANDA ORIENTAL (T.U.O.) verdadeira Escola de Iniciação de Umbanda Esotérica de Itacurussá, na Rua Boa Vista, 177 no bairro Brasilinha.

     Itacurussá significa “A TERRA DA PEDRA DA CRUZ SAGRADA”, e neste local privilegiado pela natureza, se localiza a Tenda de Umbanda Oriental em humilde prédio de 50 m2. Sua construção, simples e pobre, era limpa e rica em assistência astral. Era a verdadeira Tenda dos Orixás.

     Durante 50 anos de mediunidade, Matta e Silva nunca se curvou aos ataques dos encarnados e desencarnados do baixo astral. Sua palavra e sua pena foram armas fiéis defensoras da verdadeira Umbanda. Com elas (verdadeiros chicotes) vergastou o vigarismo organizado, os vendedores do “conto do orixá”, os vaidosos mistificadores e os fanáticos que proliferam no meio umbandista.

    O “Velho Matta” desencarnou em 17 abril de 1988, em Jacarepaguá. Durante 25 anos visitou mais de 600 Terreiros para poder relatar, em suas obras, o que se passava no seio do Movimento Umbandista. Trouxe à Luz a Umbanda Esotérica que, infelizmente, é praticada na atualidade por poucos Terreiros, mas que, segundo o Astral Superior, se instalará definitivamente no meio umbandista a partir deste milênio.

     Do astral ou encarnado, Matta e Silva continuará a sua grandiosa tarefa em prol do ressurgimento do AUMBANDAM.   

     Amigos, se você pensa que a Umbanda de verdade é essa manifestação ruidosa da massa, que grita, baba, bebe, berra e se contorce de charutão e cigarro de palha na boca, ao som ensurdecedor dos atabaques (ótimos veículos para estimular o animismo vicioso), não leia as obras de Matta e Silva porque sua decepção será muito grande. Porém, se o grau consciencional lhe permite ver adiante e saber que a verdadeira Umbanda está acima de tudo isso, chegou o momento de adquirir as obras do “Velho e Sábio Mestre’ e começar a levantar os véus da SENHORA DA LUZ VELADA”.

     Apesar de não nos termos encontrado na presente encarnação, agradeço ao Astral por ter permitido que eu conhecesse as suas obras e o seu filho Jairo Nilton Pinto de Souza. Espero ser um digno divulgador dos vossos portentosos conhecimentos.

 

     SARAVÁ, AVÔ MATTA!